quinta-feira, outubro 28, 2010

Já tá decidido...

Esse ano eu não vou fazer aniversário. Pronto. Vou pular. Tenho o direito.
O tempo tá passando muito rápido, eu não consigo nem acompanhar.
Então... posso fazer isso, sim.
No mais, não "dizem" que o tempo é relativo?

"O cheiro do bolo está acabando"...

Essa frase não sai da minha cabeça. É de uma cena do belíssimo filme venezuelano "Hermano".

Doçura...

On prend plus de mouches avec une cuillerée de miel qu'aavec un tonneau de vinaigre.

terça-feira, outubro 26, 2010

"Juntos"...

... ou "together", nome do filme norueguês que vi ontem na Mostra. O filme era tão triste e tão real que eu sequei por dentro.
Não derrubei uma lágrima, embora estivesse destroçada. Estou até agora.
Acho que tem a ver com os limites humanos, os que conseguimos ou não ultrapassar.
Não sei. Não consegui nem votar.
E até agora não paro de pensar naquele menino.

Antunes... o retorno

Mais um ano se passou e lá estava eu me inscrevendo no Cptzinho.
Passei?
Não.
Bom, isso não é novidade... mas o fato é que o bom velhinho não sai da minha vida. Cruzo com ele no Sesc, na abertura da Mostra e mais:
Entre 10 mil pessoas que foram ver Metropolis no Ibirapuera, ele chega e senta ao meu lado.
Eu falo que temos uma conexão. Pena que só ele não saiba disso.

Os alemães invadiram minha vida

Depois de rever Wim, foi a vez de "Metropolis", de Fritz Lang. Esse eu nunca tinha visto. Foi emocionante.
Impagável olhar toda aquela modernidade (o filme é de 1927!), ao som da Jazz Sinfônica.
Lúdico. Lírico. Emocionante. Em pleno Parque do Ibirapuera.
10 mil pessoas sentadas, olhando fixamente para a parede do auditório, onde o filme, todo restaurado, estava sendo projetado.
Cestas de picnic, taças de vinho, crianças e cachorros por todos os lados, numa sintonia que combinava com a sinfonia - música - imagem.
Até esqueci que era domingo.

Wim Wenders

Ele disse que queria ser pintor. E no final das contas, é.
Ele disse que gosta do que está nas entrelinhas, e nos mostra isso em seus filmes, em suas imagens, em seu jeito de falar.
Rever "Asas do Desejo", com seus anjos de sobretudo e olhar nostálgico me fez flutuar. Me deu um encontro, uma luz.
Ouvir e ver Wim Wenders falar depois do filme, sobre os filmes de sua vida, me deu vontade de mais. Muito mais.
O abraço que ganhei tá guardado aqui.