segunda-feira, outubro 30, 2006

Um gostinho da infância

Existem coisas que sempre me lembram Assis. O calor é uma delas. Aquele céu azul infinito. O ar emudecido. O silêncio em 40 graus.
A leseira do meio-dia. Lá é difícil sair de casa nesse horário. Chega a dar vertigem. A derreter.
Mas é um calor que tá no sangue, que a gente já nasce com ele. Um calor que esquenta a alma.
E essa quenturinha traz uma fruta que eu adoro: o jambo.
Comi um saco inteiro sentada na porta da cozinha, lá na casa do meu tio. Tinha esquecido do gostinho perfumado que ele deixa na boca.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Das frases que eu queria ter escrito ou sobre o vazio!

" The aimless waves sway beneath the empty sky". (Virginia Woolf)

quinta-feira, outubro 26, 2006

Essa letras não são minhas, não... mas poderiam ser

..."Se engana quem pensa que o coração não sente
Se não visto pelos que a terra há de comer.
A dor em meu peito é da faca que não vi.

E então, de repente, não mais que de repente
De tanto pensar não querer, sentir, sofrer,
Chego a sentir que amo, que gosto de ti."

Cada uma...

Primeiro, a Bruna Surfistinha e agora uma descoberta INCRÍVEL: como abençoar uma vassoura.
Perfeito para visitas indesejáveis.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Vou adaptar uma frase do Drummond

O Rio é aquele lugar que tem cheiro de cafuné sem pressa.

Vai entender...

O que leva uma pessoa a ficar, meia hora, escutando a entrevista da Bruna Surfistinha no Pânico?
Sabe-se lá porque eu fiquei...

sexta-feira, outubro 20, 2006

Uma francesinha

Ela é uma espécie de Bjork francesa. Seu nome é Camille.
Já faz um tempão que suas músicas não saem do meu I-tunes, nem da minha mente.
Então, divido uma de suas letras que fala sobre se entregar ao fazer as coisas.
Eu me entreguei.

Quand je marche

Quand je marche je marche
Quand je dors je dors
Quand je chante je chante
Je m'abandonne...
Quand je marche, je marche droit
Quand je chante, je chante nue
Et quand j'aime, je n'aime que toi
Quand j'y pense
Je ne dors Plus

Je suis ici
Je suis dedans
Je suis debout
Je ne me moquerais plus de tout

Entends tu (m'as tu dit)
(Le chant du monde) à l'heure de pluie
Quand l'aube se lève je la suis
Et quand la nuit tombe
Je tombe aussi

quinta-feira, outubro 19, 2006

Eu tenho medo...

... de quem tem mania de ter certeza de tudo!

Dificuldade de comunicação ou O Condicionamento

Toda vez é a mesma coisa: tomar uma coca-light apenas com gelo é impossível, pois o garçom teima em trazer limão no pacote.
Já com a Ana é diferente… ela pede um café com leite beeeem clarinho e eu completo: “mais leite que café”. Não adianta nada. O máximo da vaca que aparece é uma espuminha safada. Espuma é espuma. Leite é leite.
E a salsinha? Nada contra. Mas quem disse que colocar a verdinha em cima dos pratos vai deixar a comida mais bonita?
É isso. Quinta cinzenta me deixa questionadora.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Ele é…

…O OrangoTOM. O gordinho que bate palma com os pés e com as mãos.
Aqui no coração, é meu afilhado também! Mas isso a Pat nem pode sonhar…
E a explicação pra todo esse amor, tá aí na foto! É só aproveitar.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Não posso acreditar…

No amor que é confundido com costume, necessidade ou vício de estar com o objeto “Amado”!

Ando poética esses dias...

..."De vez em quando o fecho da pupila
se abre em silêncio. Uma imagem, então,
na tensa paz dos músculos se instala
para morrer no coração".
Rainer Maria Rilke

Uma francesa vinda até mim por uma amada brasileiríssima!

“O ímpeto de crescer e viver intensamente foi tão forte em mim que não consegui resistir a ele. Enfrentei meus sentimentos. A vida não é racional; é louca e cheia de mágoa. Mas não quero viver comigo mesma. Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira, e todo o mal. Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos, beber um Benedictine ardente. Quero conhecer pessoas perversas, ser íntimas delas.
Quero morder a vida, e ser despedaçada por ela. Eu estava esperando. Esta é a hora da expansão, do viver verdadeiro. Todo o resto foi uma preparação. A verdade é que sou inconstante, com estímulos sensuais em muitas direções. Fiquei docemente adormecida por alguns séculos, e entrei em erupção sem avisar."
Anais Nïn

terça-feira, outubro 10, 2006

Eu precisava ter lido isso hoje...

"E o que eu assumo você vai assumir,
Pois cada átomo que pertence a mim pertence a
você".
(Walt Whitman)
Obrigada por isso, Fu!

segunda-feira, outubro 09, 2006

Falando de Amor e Paixão… De loucura e desespero.

“Alguém avise Eló que eu o amo, pois quando eu estou com ele, eu esqueço de dizer.”
“Esse foi o dia que eu virei paisagem, enquanto Eló mordia meu pescoço”.
“É impossível amar Eló por mais de três horas seguidas. Perde-se o fôlego”.
“Cleide tem aquele olhar de umbigo: Redondo e fundo… desses que quando a gente vê já tá dentro”...
...Pois essas foram algumas das passagens (muito bem interpretadas por Gero Camilo e Paula Cohen) que derreteram meu coração no espetáculo “Cleide, Eló e as Pêras”.
No universo peça, a razão não tem muito espaço. Quem manda é o coração, para o bem e para o mal, num texto brilhante, divertido e doído como uma boa paixão.
Encantador…
Por isso, quem ama, já amou, pretende amar um dia na vida ou está febril de paixão, não perca.
No mais, o nome é divertidíssimo, não é?

Ela é assim… Meu mais sincero sorriso!

Ela me chama de Téti e tem um olhar tão penetrante que nem parece ter 1 ano e 2 meses.
Bate palma quando gosta de uma comida e grita Má, Má, Má pra qulaquer coisa que queira muito!
Adora o Barney e ouve Marisa Monte desde que estava na barriga da mãe: A Ana, minha cumadi. A Mama.
E chama a Gica de Ieiê e o Che de Tê!
Faz charme e quando você pede um beijo, ou ela beija a mãe ou o que tiver na mão.
Usa roupas coloridas e brejeiras e é tão compenetrada que sou capaz de contar minha vida toda pra ela e ter certeza de que ela está entendendo tudo.
Observadora. Decidida. Destemida. Busca o mundo a todo momento.
Ela é a Lolô. A Lola. Lorena: A minha Pirulita. Afilhada do coração. Amiga. E meu mais sincero sorriso.

Mais um Eu!

E tem a Lolô, que me chama de Téti!
Olha aí minha Pirulita...

sexta-feira, outubro 06, 2006

Somos milhares em um! Ou apenas: “Os meus Eus”!

Quem nunca teve um apelido na vida ou nunca criou um, deve ser lelé da cuca, não?
Eu, como diz a Julia, nasci Antoniela e virei Toty, ou Tó e até Totynha (esse eu amo, mas é porque a Pat e a Gi me chamam assim. No fundo, é engracado, afinal de “INHA” eu não tenho nada…).
Tô mais pra Totão, que é como o Rodrigo, a Van e a Patti Pahl me chamam.
Quando pequena eu era Tô. A Fu e a Fê Jabur falam Tô até hoje. Eu amo, amo!
Já o Tin me chama de Sirlas. A Pazita de Totysca. O Marcinho de Minha Diva, a Rê de Sgrila, que vem de Toty Sgrila. E o Che, de Xi. E vem de xixi mesmo, mas não vou explicar a razão. Não agora…
O Claytão me chama de Antonia, assim como o Zé Eduardo.
E o meu querido primo Marc de Poponer e Pópi Marota.
Tem a Fefet, que na faculdade me apelidou de Tonha Pironha. Graças a Deus o Pironha sumiu e restou o Tonha que a Bel e tantos outros cultivam até hoje. Daí, ela mudou pra Sussa, e hoje, ao me ligar ou me encontrar, solta uma graciosa cantiga inspirada nos Oompa-Loompas: “Sussa, Sussa, Sussa Dee-Doo! Sussa Dee-Doo. Sussa Dee-Doo”.
E para finalizar, tem a galera do teatro que me chama de Antô! Adoooro!
Quanta gente, não?

quarta-feira, outubro 04, 2006

Primeiro Episódio da série: Lembranças dos meu filmes favoritos

A primeira vez que eu vi “Cinema Paradiso”, voltei em pensamento pra Assis do início dos anos 80, quando a gente ia ao Cine Pedutti ver Indiana Jones, Amor Sem Fim e Os Trapalhões. Naquela época, os rolos de filme eram trocados e o cinema tinha intervalo: Momento propício para as paqueras e pra comprar bala Sete-Belo e Bandinha.
Lá na Princesinha da Sorocabana, assim como no Cinema Paradiso, a paltéia torcia, vibrava, batia palmas, jogada papel na tela, beijava no escurinho e até gritava pra ver se o amigo estava lá. Uma loucura com cheiro na memória.
E pensando bem, a cidade dos 3 “s” também lembra Fellini, me traz a Gradisca de Amarcord à mente. Lembro-me das Aldinhas, Marias e Silvias Zibordis, Bernas e Fafás na excêntrica família de Alina, que bem poderia ser Antonia.



Sou um tipo que…

…gosta de música ao vivo, roda de violão com fogueira, churrascão e karaokê!
Que ama ouvir conversa alheia e pira com o barulho de gente falando, sem precisar, necessariamente, participar da prosa.
Um tipo capaz de ficar horas na jogatina encarando uma Canastra Paraguaia, um Mau-Mau, um truco ou mesmo Buraco, só pelo nome dos jogos.
E de não ligar ao ser esculachada no Perfil, por acreditar que a terra do papai Noel é a Turquia (longa história essa…) .
Sou daquelas que se emocionam vendo os depoimentos de “Páginas da Vida”, das que choram no capítulo final de Dawsons’ Creek ou assistindo a uma cena de “Lanternas Vermelhas”, onde uma das personagens canta ópera no telhado.
Sou a mulher que vira menina ao lembrar da mãe cantando Clara Nunes todos os dias de manhã.
E é por essas e outras, que ninguém se assusta quando eu declaro meu amor ao Fábio Jr. C’est la vie…
“Senta aqui, Alma Gêmea e me conta o que é que está se passando com essa cabeça”.
Então, nada mais natural que ir ao show do gatão da terceira (ou quarta) idade.
Sexta chuvosa, friorenta, vestido a la Velma do Scooby-Doo com botona preta e batom vermelho pra arrematar, pois o novo corte do cabelo pedia algo rock’n’roll. Como sempre fui adepta à miscelâneas, pra mim estava ok. Isso até ver a cara das minhas amigas, também amantes do eterno Jorge Tadeu.
Começa o show e cada uma de nós tem a certeza da exclusividade daquele momento.
Mas a Felicidade acaba no camarim e no beijo na Ana Maria Braga. Guardo o show. De perto, todo mundo é igual!

segunda-feira, outubro 02, 2006

Às vezes eu me sinto assim..



Totalmente entregue e sem me importar se o tempo passa ou não.

Incrível…

...definitivamente é uma palavra da moda.

Os top 10 do riso!

Das coisas mais deliciosas da vida, a risada tá no topo da lista.
Eu, por exemplo, adoro ouvir e dar gargalhadas. Daquelas que dóem a barriga, fazem a gente chorar, curvar o corpo, bater o pé no chão, perder o fôlego e até passar vergonha.
A Ana, por exemplo, faz você rir junto com ela, mesmo quando você está desanimada. A minha Sherazade balança um pouquinho o corpo pra trás, fica mole e com os olhos brilhando, ganhando a sua cumplicidade na hora. Sabe aquelas pessoas que vc não pode ficar perto quando uma merda acontece? Risada contagiante. Amo. Puxou a tia Laila, que tem uma das gargalhadas mais gostosas do universo.
Já a Fefet ri pra todo mundo ouvir. Com vontade, volúpia e verdade. Uma delícia. Risada que ecoa, guardada no coração. Ouço esse apito de lonnnnge! Mesmo quando ele vira choro. Quem já ouviu, sabe como é. Quem não conhece, deveria marcar uma hora! Imperdível!
A Cice traduz a palavra alegria ao mostrar o piano. Dá gosto contar uma palhaçada pra ela! Risada escrachada. Solta.
E a Tati? Essa parece uma criança, daquelas que não acreditam no quanto a história é engraçada. Gargalhada sem vergonha ou conceitos. Sincera.
Daí tem o cumpadi Tintin com as pernas bambas. A Fufi com seu olho pequeno e desacreditado. A Rê com a risada certeira, Patti, Picis, Ângela, Fê Cardoso, Zé Eduardo, Gica… Nossa! Tanta gente!
E pra finalizar o Che, que quando ri até sofre… E sempre põe a mão na barriga, como se tudo fosse cair. Quer ver esse menino dobrar de rir? Basta eu imitar a cantora de rádio a Sheila do Terça Insana. Passa qualquer mau-humor!
É. Esses meus amados me fazem rir só de lembrar!
Uma bênção.