sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Engraçado…

… eu sempre tive uma queda, um tombo, uma caída de um penhasco pelo Antunes Filho. Mesmo que ele, lá no começo dos distantes anos 90, tenha me reduzido a pó num teste. (lembrando hoje, foi até engraçado).
Só sei que o cara é um gênio e eu adoraria ter a oportunidade de ser dirigida por ele um dia. Quem sabe?
O fato é que escrevi essa introdução toda, para contar um fato interessante:
É um milagre cibernético.
Vou explicar. É que eu penso tanto nele, que toda pesquisa que faço no Google, puf… o ditto cujo aparece.
Hj mesmo estava procurando a letra de uma música francesa e lá, na primeira página, Antunes. Abri o link. E transcrevo algo que gostei.
Mas antes, uma declaração: Antunes, eu já te encontrei. Falta só você me olhar.

“Não vai surgir uma nova dramaturgia enquanto não houver o ator novo. É como em pintura, em poesia também. Você lê um Fernando Pessoa, você vê um Cézanne, um Leonardo da Vinci, eles nunca estão na superfície. Você vai afundando, lá embaixo é que vai ver o artista. Eu sou muito maluco. Quando vejo Leonardo da Vinci, começo a olhar e, através do esfumaçado dele, vou passando por ele e, no fim, vejo a cara dele, sempre. Ele me olhando (ri). Nos grandes artistas, eu consigo ver o olho do artista. Uma obra de arte nunca está na superfície. É aquilo que o Eco diz: uma obra é mais artística quanto mais conotativa ela for. É óbvio.

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