quinta-feira, maio 31, 2007

Pulsar

Está tudo à flor da pele. Dores, prazeres, tédios, vontades, neuroses. Tudo à mostra. Aberto. As vísceras expostas.
Mas não estou à venda.

segunda-feira, maio 28, 2007

DE FADOS E ARREPIOS

Meu amigo Fernando Cardoso tem muitas amigas fantásticas. Afinal, o Fê é um homem que gosta e cultua a alma feminina. Sabe falar verdades e fazer com que você agradeca o esporro. Fica perto sem invadir, mesmo quando a gente quer que ele invada. E nos enaltece, sempre.
Adora confetes e paparicos também, mas tem horror de apertões e abraços longos. Se bem que comigo ele já se aconstumou, pois como diz a Pazita, uma outra amiga, “eu gosto de impor meu afeto”.
O fato é que o Fê, por viver tão bem nesse universo, já me apresentou várias dessas mulheres maravilhosas.
Uma delas é Eugênia Melo e Castro, cantora portuguesa de voz que sustenta a alma. O Fê é portuga também.
Com ela, conheci o Fado e a verdadeira melancolia portuguesa.
Justo eu que sempre ria da minha mãe cantar: (com sotaque): “De quem eu gosto, nem às paredes confesso”…
E foi lá no SESC Vila Mariana, ao lado da Fefet - e isso já faz alguns anos – que o BIS do show veio no “Fado Da Maldição”, de Amália Rodrigues.
Um pedaço da letra:

“Que destino, ou maldição
Manda em nós meu coração?
Um do outro assim perdido,
Somos dois gritos calados,
Dois fados desencontrados,
Dois amantes desunidos.

Por ti sofro e vou morrendo,
Não te encontro, nem te entendo,
A mim o digo sem razão:
Coração... quando te cansas
Das nossas mortas esperanças,
Quando paras, coração?”

domingo, maio 13, 2007

Paladar do afeto

Gero Camilo definitivamente me arrepia a alma.
Seus textos emolduram a humanidade de forma leve, verdadeira e aconchegante. Fazem rir… deixam os olhos rasos d’água… e ensinam o que é a cumplicidade e a simplicidade na vida. Uma prosa cheia de energia vital, de amor, de vontades, sonhos, decepções. Energicamente real.
Em “Aldeotas” não poderia ser diferente. Na peça, Gero retrata fragmentos da infância de dois amigos. Pedacinhos de uma história que poderia ser de qualquer um. A minha estava lá.
Nos diálogos, um corpo presente, atuante e de consciência abismal ajuda a contar o enredo e embeleza os diálogos. Faz o baixinho virar monstro. Um gigante que não nos deixa piscar o olho enquanto atua. Caco Ciocler (não assisti à primeira montagem), é seu companheiro de cena. Escolha feliz de um contraponto necessário à história.
Uma história que me fez redescobrir o cheiro da infância, lá na minha aldeota assisense.

quarta-feira, maio 09, 2007

Toalete

Teatro Gazeta. Sextas, 21h30. Sábados, às 21h00 e Domingos às 18h00. Eu tô na peça!




segunda-feira, maio 07, 2007

Clarice Lispector falou...

"Borboleta é pétala que voa"...
E Marcinho, meu querido amigo, completou: "cadê vc, minha flor"?

quarta-feira, maio 02, 2007

Que carinho bom...

Toca

Chegou aqui, agora, um convite. Rosa. Lindo.
Subiu um frio na minha alma igual aqueles que sentimos quando sabemos de alguma
coisa, mas só nos damos conta de verdade no surgimento da sua concretização.
Tô nervosa, feliz e emocionada por ler o elenco da peça Toalete. Não me importa mais
nada a não ser o teu nome. Caiu minha ficha.
Revi na memória as fotos rápidas que você me mostrou no seu e-mail dentro da
Criação, lembrei do Tuca e da primeira vez que te vi em cena, que não foi lá, foi
numa festa de aniversário que fiz no gazebo do prédio que morei no Morumbi e você
foi com a Ana e o Tin, linda de óculos escuros grandes e atitude vencedora. Ali foi
tua primeira cena pra mim. Admiração e paralisia, Antoniela do Canto já tinha todas
as cenas.
Você sempre foi uma atriz perfeita. Agora só vai dar o prazer de mais pessoas
saberem disso.
O bom do ator é poder ser quem é e mais um monte de seres juntos que compõem a vida
pra si e para os outros. Um dom raro e imenso que você tem apenas por ter nascido.
Eu por aqui, te admiro e rezo como se fosse sua mãe. Desculpe a ousadia mas essa é a
palavra mais forte que encontrei pra tentar te explicar o que estou sentindo. Tô num
orgulho e numa agonia imensas. Aqueles sentimentos conflitantes que temos quando
amamos alguém e por isso temos que soltá-lo ao mundo. O verdadeiro amor dói. Tô com
o peito dolorido segurando esse convite.

Tô vendo teu futuro. Longo. Forte. Vencedor. Feliz. E por isso tô com um nó na
garganta.
Aprendi em 38 anos que um nó na garganta só se desfaz quando a ação acontece porque
é essa ação que cura. Então meu anjo, por conta disso, de uma necessidade minha
inclusive de parir meu amor e minha admiração eternas, e pra isso dividir você com o
universo que começa no teu coração, TE VEJO DIA 03 DE MAIO ÀS 21H30.

Ali e pra sempre.

Merda,
Cice