domingo, maio 13, 2007

Paladar do afeto

Gero Camilo definitivamente me arrepia a alma.
Seus textos emolduram a humanidade de forma leve, verdadeira e aconchegante. Fazem rir… deixam os olhos rasos d’água… e ensinam o que é a cumplicidade e a simplicidade na vida. Uma prosa cheia de energia vital, de amor, de vontades, sonhos, decepções. Energicamente real.
Em “Aldeotas” não poderia ser diferente. Na peça, Gero retrata fragmentos da infância de dois amigos. Pedacinhos de uma história que poderia ser de qualquer um. A minha estava lá.
Nos diálogos, um corpo presente, atuante e de consciência abismal ajuda a contar o enredo e embeleza os diálogos. Faz o baixinho virar monstro. Um gigante que não nos deixa piscar o olho enquanto atua. Caco Ciocler (não assisti à primeira montagem), é seu companheiro de cena. Escolha feliz de um contraponto necessário à história.
Uma história que me fez redescobrir o cheiro da infância, lá na minha aldeota assisense.

Um comentário:

André Lima disse...

adoro, adoro.
esse texto dá pra comer no pé, que nem manga.
quero ver de novo. bjbjbj