segunda-feira, maio 28, 2007

DE FADOS E ARREPIOS

Meu amigo Fernando Cardoso tem muitas amigas fantásticas. Afinal, o Fê é um homem que gosta e cultua a alma feminina. Sabe falar verdades e fazer com que você agradeca o esporro. Fica perto sem invadir, mesmo quando a gente quer que ele invada. E nos enaltece, sempre.
Adora confetes e paparicos também, mas tem horror de apertões e abraços longos. Se bem que comigo ele já se aconstumou, pois como diz a Pazita, uma outra amiga, “eu gosto de impor meu afeto”.
O fato é que o Fê, por viver tão bem nesse universo, já me apresentou várias dessas mulheres maravilhosas.
Uma delas é Eugênia Melo e Castro, cantora portuguesa de voz que sustenta a alma. O Fê é portuga também.
Com ela, conheci o Fado e a verdadeira melancolia portuguesa.
Justo eu que sempre ria da minha mãe cantar: (com sotaque): “De quem eu gosto, nem às paredes confesso”…
E foi lá no SESC Vila Mariana, ao lado da Fefet - e isso já faz alguns anos – que o BIS do show veio no “Fado Da Maldição”, de Amália Rodrigues.
Um pedaço da letra:

“Que destino, ou maldição
Manda em nós meu coração?
Um do outro assim perdido,
Somos dois gritos calados,
Dois fados desencontrados,
Dois amantes desunidos.

Por ti sofro e vou morrendo,
Não te encontro, nem te entendo,
A mim o digo sem razão:
Coração... quando te cansas
Das nossas mortas esperanças,
Quando paras, coração?”

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