sábado, outubro 27, 2007

Dedique uma canção a quem você ama!

Eu sempre gostei de serenatas. Achava lindo, lá em Assis, quando a amiga sortuda era “acordada” por uma, ou quando minha mãe contava sobre sua época de moça, em que meu pai ainda não estava doente e cantava cidade afora… Era até mais emocionante que ser homenageada por uma pixação no muro, daquelas tipo “te curto pacas”.
Então, dia desses, desbravando o trânsito de São Paulo, elucubrei sobre o assunto.
Poxa… eu queria tanto fazer uma serenata… e mais ainda… receber uma. Mas por que essa declaração musical não acontece mais?
Perdemos o romantismo?
Moramos nos andares mais altos?
Temos janelas anti-ruído?
Vivemos com pressa?
Com medo? Pregiça? Vergonha?
Sei lá. Desanimei e logo constatei: é impossível, hoje em dia, a tal da serenata em seu molde padrão.
Mas aí, o “sinaleiro” abriu… eu tirei o “só lamento” do caminho e lembrei que eu faço serenatas. Juro que sim. Tá certo que de um modo diferente, melhor dizendo: moderno.
Também recebo muitas.
Afinal, o que são as músicas que vêm e vão da minha caixa de e-mail?
Simples declarações de afeto. Serenatas cibernéticas.
Um brinde à música!
Por isso, sigo assim: dedicando uma canção a quem eu amo.

2 comentários:

Cice Galoro disse...

Toca, pra vc...

A Rosa
Pixinguinha

Tu és, divina e graciosa estátua majestosa
do amor, por Deus esculturada
e formada com o ardor,
da alma da mais linda flor, de mais ativo olor
e que na vida é a preferida pelo beija-flor.
Se Deus lhe fora tão clemente aqui neste oriente de luz
formada numa tela deslumbrante e bela,
teu coração, junto ao meu lanceado
pregado e crucificado sobre a rosa cruz do arfante peito teu
Tu és a forma ideal, estátua magistral
oh alma perenal, do meu primeiro amor, sublime amor.
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação de todo o coração
cintilas um amor
o riso, a fé, a dor em sândalos olentes cheios de sabor
em vozes tão dolentes quanto um sonho em flor
És láctea estrela, és mãe da realeza
és tudo enfim que tem de belo,
todo o resplendor da santa natureza
Perdão se ouso confessar-te, eu hei de sempre amar-te
Oh flor! Meu peito não resiste,
Ah, meu Deus o quanto é triste,
a incerteza de um amor que mais me faz penar
em esperar em conduzir-te um dia aos pés do altar
Jurar, aos pés do onipotente
em versos comoventes de luz,
e receber a unção da tua gratidão,
depois de remir, teus desejos
em nuvens de beijos hei de envolver-te
até o meu padecer, de todo fenecer.

Pequena Russa disse...

que deliciaaaaaaaaaaaaaaaa! Tb gosto de trocar serenatas por email.