Friozinho, tédio, falta do que fazer. Sabadão.
Por que não um cineminha?
A resposta foi o filme mais doido que eu já vi nos últimos anos: “O Sabor da Melancia”.
Não sei descrevê-lo… Não sei se gostei… Ri bastante, é fato… Mas não entendi nada.
Seria um musical pornô kitsch?
Uma comédia gastronômica erótica?
Um experência sensorial?
NDA?
Pra não ficar com a interrogação na testa, encarei o desafio: Encontrar uma explicação para essa jaca nem que seja mais louca que o próprio filme.
E já que lá tudo funciona na base da simbologia, peguei um fio condutor que me levou a algo lógico. Será?
A falta de água, por exemplo. Na terra, a água é mãe e fonte de todas as coisas, está na origem da criação; ao contrário, a terra sem água, o deserto, é sinal de morte. Ela é fonte de vida e causa de morte; é criadora e destruidora, simultaneamente. Então, claramente os atores estavam mortos, sedentos por vida. Isso somado à falta de diálogo, então… “Teoricamente os mortos não têm porque falar, correto”?
E o único sopro de vida vem do imaginário… nos números musicais cafonas com direito a multidão de guarda-chuvas e dancinhas bizarras como nos clássicos da Metro.
Depois, o erotismo à flor da pele. Veja a tara pela melancia – o vermelho da fruta correndo e escorrendo como sangue. Vermelho… sangue… e sexo = Vida!
E mais: temos a personagem principal deflorando o pufe, pondo o caranguejo pra dentro da panela. Molhando o lamen, destrancando a mala compulsivamente… Haja Metáfora. Sexual, é claro.
Falando em sexo, a vida vem de onde, hein???
Bom, pode ser que não seja nada disso ou tudo isso e muito mais.
Vá lá ver e depois a gente conversa.
segunda-feira, setembro 04, 2006
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Um comentário:
Sussa, tenho a explicação: esse filme é um outro paradigma.
Banzai
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