Almodóvar sempre me emociona. Para o bem e para o mal.
E nessa expectativa, me entreguei a “Volver”.
Ri, chorei... estive lá.
Talvez por ter visto toda a minha família em cena - Senti o cheiro do cemitério aos sábados, onde eu, minha mãe e a Berna íamos lavar os túmulos, cantar parabéns quando algum parente fazia aniversário e assim por diante - Ou ainda pela belíssima atuação de Penélope Cruz. Que olhar! (e olha que eu nem gosto dela... é ótimo pagar a língual)
Cores, música e a mente humana ficaram impressas na minha alma.
VOLVER!
sexta-feira, março 30, 2007
segunda-feira, março 26, 2007
Ver Para Crer
Lembrei que para curar terçol é só passar uma aliança no olho.
Para sarar soluço, é só colocar uma linha molhada e enrolada na testa.
E que se vc fizer uma cruz com a unha numa picada de pernilongo ela pára de coçar.
Que violeta gensiana é perfeita para acabar com sapinho, que bicarbonato de sódio tira afta. Arnica tira roxo, água de arroz faz bebê falar. Assim por diante.
Já as benzendeiras tiram mal-olhado. Mas estão em extinção.
Para sarar soluço, é só colocar uma linha molhada e enrolada na testa.
E que se vc fizer uma cruz com a unha numa picada de pernilongo ela pára de coçar.
Que violeta gensiana é perfeita para acabar com sapinho, que bicarbonato de sódio tira afta. Arnica tira roxo, água de arroz faz bebê falar. Assim por diante.
Já as benzendeiras tiram mal-olhado. Mas estão em extinção.
domingo, março 25, 2007
Criança
domingo, março 18, 2007
Momentos
Sabe aquela sensação de quando você encontra alguém que admira e sente a necessidade de dizer alguma coisa interessante para não perder a oportunidade ou por achar que aquele momento nunca mais vai se repetir?
Tive essa sensação ontem. Foi lá no Sesc Consolação, na apresentação do Prêt-à-Porter 8.
A gente estava esperando pra entrar, quando aparece o Antunes. Calça, camisa e tênis. Falava e andava rapidamente. Depois, procurou uma chave no bolso, abriu uma porta, continuou falando e tomou um café. Foi o que vi.
E é claro que eu não disse nada. Falar o quê? Olhei, suei e ri por dentro. A Fu, que estava comigo, riu também.
Tive essa sensação ontem. Foi lá no Sesc Consolação, na apresentação do Prêt-à-Porter 8.
A gente estava esperando pra entrar, quando aparece o Antunes. Calça, camisa e tênis. Falava e andava rapidamente. Depois, procurou uma chave no bolso, abriu uma porta, continuou falando e tomou um café. Foi o que vi.
E é claro que eu não disse nada. Falar o quê? Olhei, suei e ri por dentro. A Fu, que estava comigo, riu também.
Opala
Eu aprendi a dirigir aos 12 ou 13 anos, no fusquinha do Marcão, meu primo, lá no antigo campo de aviacão em Assis – um descampado de areia, propício para manobras de iniciantes.
Depois de ter me aperfeiçoado na arte de dirigir, eu quebrava tudo no Opalão branco da minha mãe. Luxo só! (IMPORTANTE: não posso dar crédito apenas ao Marcão pelo meu aprendizado nas manobras. Todos ajudavam um pouco: A Berna, sempre sem paciência, minha mãe, com toda a paciência que a Berna não tinha e, às vezes, a Andréia, minha prima, que já sabia dirigir),
Sim. morar no interior tem dessas vantages - aprende-se a pilotar mais cedo.
Funcionava assim: a gente pegava o carro pra dar uma volta. Essa volta, consistia em pegar todas as amigas (umas cinco ou sete), para passar na casa dos paqueras. Um a um.
Não sei se ainda é assim, mas na minha adolescência, era.
E agora, uns 18 anos depois, o cheiro bom daquela época volta à minha vida. Um Opalão 80, único dono, novinho em folha. Tudo igual, execeto a cor. Esse é marrom. Veio pelas mãos do Chê.
Nessas horas, é que a gente descobre que o tempo realmente não existe. Pelo menos aqui dentro.
Depois de ter me aperfeiçoado na arte de dirigir, eu quebrava tudo no Opalão branco da minha mãe. Luxo só! (IMPORTANTE: não posso dar crédito apenas ao Marcão pelo meu aprendizado nas manobras. Todos ajudavam um pouco: A Berna, sempre sem paciência, minha mãe, com toda a paciência que a Berna não tinha e, às vezes, a Andréia, minha prima, que já sabia dirigir),
Sim. morar no interior tem dessas vantages - aprende-se a pilotar mais cedo.
Funcionava assim: a gente pegava o carro pra dar uma volta. Essa volta, consistia em pegar todas as amigas (umas cinco ou sete), para passar na casa dos paqueras. Um a um.
Não sei se ainda é assim, mas na minha adolescência, era.
E agora, uns 18 anos depois, o cheiro bom daquela época volta à minha vida. Um Opalão 80, único dono, novinho em folha. Tudo igual, execeto a cor. Esse é marrom. Veio pelas mãos do Chê.
Nessas horas, é que a gente descobre que o tempo realmente não existe. Pelo menos aqui dentro.
Lolô
Sexta-feira, como de costume – um novo costume, é verdade, ou até excentricidade, como diria meu amigo Ary Perez - eu me vesti de branco.
Mas, ao pegar minha mala de roupas na academia, vi que tinha esquecido a camiseta. A solução foi fazer da saia um vestido.
Uns perguntaram se a produção era em homenagem ao teatro grego, outros disseram que o meu lado Clara Nunes estava aflorado, etc…etc…e… etc. Eu, no fundo, me sentia uma grávida. Enorme. Vi a barriga e tudo.
Então, da sexta fez-se o sábado. Foi quando Lolô, minha aflihada mais linda e querida do mundo, cortou o lábio superior numa dessas brincadeiras de criança e deu 5 pontos.
Não vi a cena, mas que doeu, doeu. Foi compaixão no maior sentido da palavra: senti a dor do outro.
Ou isso é um sentimeno materno ou um sinal ou apenas uma explosão de amor. Vai saber.
Mas, ao pegar minha mala de roupas na academia, vi que tinha esquecido a camiseta. A solução foi fazer da saia um vestido.
Uns perguntaram se a produção era em homenagem ao teatro grego, outros disseram que o meu lado Clara Nunes estava aflorado, etc…etc…e… etc. Eu, no fundo, me sentia uma grávida. Enorme. Vi a barriga e tudo.
Então, da sexta fez-se o sábado. Foi quando Lolô, minha aflihada mais linda e querida do mundo, cortou o lábio superior numa dessas brincadeiras de criança e deu 5 pontos.
Não vi a cena, mas que doeu, doeu. Foi compaixão no maior sentido da palavra: senti a dor do outro.
Ou isso é um sentimeno materno ou um sinal ou apenas uma explosão de amor. Vai saber.
sexta-feira, março 16, 2007
quarta-feira, março 07, 2007
Resolvi…
…me vestir de branco toda sexta-feira!
Dizem que faz bem, que é dia de Iemanjá e o que mais for.
Não custa nada tentar.
Dizem que faz bem, que é dia de Iemanjá e o que mais for.
Não custa nada tentar.
terça-feira, março 06, 2007
Teatro
Ontem, na aula de interpretação, a professora perguntou o nosso propósito ao fazer teatro.
Eu não soube responder.
Porque, pra mim, é o teatro quem tem um propósito na minha vida e não o contrário. Ele faz com que eu me olhe lá no fundo. Mesmo quando não quero.
Ver o que é bonito e edificante conceitualmente, é fácil, não dói.
Mas e quando a figura que aparece é monstruosa e cruel? É preciso ter estômago pra mergulhar no espelho de si mesma.
Só sei que: para colocar uma máscara, é preciso tirar todas as outras. É preciso despir-se de tudo. Levar à praça o que vc se julga ser, para de fato tornar-se.
É isso: eu faço teatro porque através dele eu SOU. Ou posso SER.
Eu não soube responder.
Porque, pra mim, é o teatro quem tem um propósito na minha vida e não o contrário. Ele faz com que eu me olhe lá no fundo. Mesmo quando não quero.
Ver o que é bonito e edificante conceitualmente, é fácil, não dói.
Mas e quando a figura que aparece é monstruosa e cruel? É preciso ter estômago pra mergulhar no espelho de si mesma.
Só sei que: para colocar uma máscara, é preciso tirar todas as outras. É preciso despir-se de tudo. Levar à praça o que vc se julga ser, para de fato tornar-se.
É isso: eu faço teatro porque através dele eu SOU. Ou posso SER.
segunda-feira, março 05, 2007
sobre palavras...
Existem algumas palavras que me pegam de jeito. Umas traduzem perfeitamente o momento, outras me ensinam um significado novo ou simplesmente encantam pela sonoridade.
Assobradado é uma delas. "Era uma casa velha, um palacete assobradado".
Viu a cena? Perfeito. Quem nunca teve uma "Saudosa Maloca"?
Assobradado é uma delas. "Era uma casa velha, um palacete assobradado".
Viu a cena? Perfeito. Quem nunca teve uma "Saudosa Maloca"?
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