domingo, março 18, 2007

Opala

Eu aprendi a dirigir aos 12 ou 13 anos, no fusquinha do Marcão, meu primo, lá no antigo campo de aviacão em Assis – um descampado de areia, propício para manobras de iniciantes.
Depois de ter me aperfeiçoado na arte de dirigir, eu quebrava tudo no Opalão branco da minha mãe. Luxo só! (IMPORTANTE: não posso dar crédito apenas ao Marcão pelo meu aprendizado nas manobras. Todos ajudavam um pouco: A Berna, sempre sem paciência, minha mãe, com toda a paciência que a Berna não tinha e, às vezes, a Andréia, minha prima, que já sabia dirigir),
Sim. morar no interior tem dessas vantages - aprende-se a pilotar mais cedo.
Funcionava assim: a gente pegava o carro pra dar uma volta. Essa volta, consistia em pegar todas as amigas (umas cinco ou sete), para passar na casa dos paqueras. Um a um.
Não sei se ainda é assim, mas na minha adolescência, era.
E agora, uns 18 anos depois, o cheiro bom daquela época volta à minha vida. Um Opalão 80, único dono, novinho em folha. Tudo igual, execeto a cor. Esse é marrom. Veio pelas mãos do Chê.
Nessas horas, é que a gente descobre que o tempo realmente não existe. Pelo menos aqui dentro.

Um comentário:

Paloma de Montserrat disse...

Os paquerinhas! Ai, os paquerinhas.